quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Falta de Estrutura da saúde pública no Brasil.

Breve Retrato do Sistema de Saúde Pública no Brasil


Para refletir.

É um vídeo super divertido, sobre saúde publica,a saúde publica hoje no brasil é um caos e esse vídeo mostra isso de uma maneira divertida, com um fundo musical de Gabriel pensador musica saúde publica curtão e comentem.


Farmácia de Alto Custo - DF

Pacientes passam madrugada na fila da Farmácia de Alto Custo do DF

Pessoas reclamaram que único banheiro do local estava fechado.
Farmácia distribui remédios caros, como os indicados para hepatite.

Pacientes fazem fila desde a madrugada para receber atendimento na Farmácia de Alto Custo (Foto: Reprodução/TV Globo)
Pacientes fazem fila desde a madrugada para
receber atendimento na Farmácia de Alto Custo
 

Vários pacientes passaram a madrugada na fila da Farmácia de Alto Custo, na tentativa de garantir atendimento nesta sexta-feira (26). Algumas pessoas chegaram ao local, na estação de metrô na 102 Sul, por volta das 23h desta quinta (25).
Os pacientes reclamaram que o único banheiro do lugar ficou fechado. Uma atendente da farmácia informou que o banheiro só é aberto a partir das 6h45.
A Farmácia de Alto Custo é responsável pela distribuição de remédios mais caros, como os indicados para o mal de Alzheimer, esquizofrenia, rejeição de órgãos transplantados, hormônio de crescimento e hepatite. A farmácia começa a funcionar às 8h.



Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2011/08/pacientes-passam-madrugada-na-fila-da-farmacia-de-alto-custo-do-df.html

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Perigos da Automedicação



Uma prática muito comum adotada pela grande maioria da população é a automedicação. As causas para sua existência são inúmeras, dentre tantas podemos facilmente citar algumas como a grande impossibilidade de uma boa parte das pessoas terem um acesso ao atendimento médico ou odontológico, seja por questões financeiras ou por próprio hábito de tentar solucionar os problemas de saúde corriqueiros tomando por base a opinião de algum conhecido mais próximo. Além disso a alta freqüência de propagandas através da mídia eletrônica é muitas vezes um fator contribuinte para a automedicação de pessoas leigas no assunto. Outro problema relacionado à automedicação é a famosa interação medicamentosa.

E não se esqueça, médicos é que são responsáveis pelo receituário, e a troca da receita médica pela indicação do balconista da farmácia é certamente um mau negócio, bem como aquela iniciativa de automedicar-se. Portanto, pense duas vezes antes de tomar aquele remédio, que possa lhe parecer inofensivo, ou que um amigo ou vizinho tenha o receitado. Às vezes , sintoma algum aparece, mas complicações podem ocorrer e quando isso ocorre é das formas mais inesperadas possíveis.

Medicina e Saúde Pública


Além das ações tradicionais, como a organização dos serviços e sistemas de saúde, de atenção individual e coletiva, dizem também respeito à Saúde Pública, questões relativas ao ambiente, à alimentação, à educação, à segurança, enfim à garantia de uma qualidade de vida para indivíduos no mundo atual e com a perspectiva de poder legar às gerações futuras um mundo melhor.
Esta visão está presente no pensamento que tem orientado as mudanças nas políticas de saúde no Brasil, a partir da Constituição de 1988, em que o princípio do direito universal à atenção à saúde se traduziu em diretrizes para a descentralização e integralidade das ações, e na garantia da participação comunitária.
Está evidente para todos os profissionais da área da saúde a enorme distância ainda existente entre estes objetivos e a realidade nos serviços de saúde e da saúde da população brasileira. Em nova fase, a revista da AMB abre um espaço para a publicação de estudos que aprofundem o diagnóstico de saúde da população brasileira e as propostas de intervenção realizadas. Busca, assim, promover ao mesmo tempo um maior intercâmbio entre o conhecimento e as metodologias de pesquisa das áreas da prática clínica e da saúde pública/coletiva. Esperamos, dessa forma, contribuir para essa que é, sem dúvida, nossa missão comum: a saúde da população.

fonte: Scielo, Revista da Associação Médica Brasileira.

Faltam remédios e exames para portadores de epilepsia no DF



Portadores de epilepsia que dependem do serviço público de saúde para fazer o tratamento no Distrito Federal afirmam que faltam remédios na rede pública. Pacientes também reclamam que exames necessários para a cirurgia de correção, indicada para alguns casos da doença, não estão sendo realizados. De acordo com a Associação dos Epiléticos do DF, atualmente há cerca de 40 mil portadores da doença na capital federal.
O frasco do remédio utilizado pelos portadores de epilepsia – valproato de sódio – tem 50 comprimidos e custa cerca de R$ 50. A dona de casa Luciana de Freitas alega que precisa de quase dois frascos por mês e que o preço compromete o orçamento familiar, pois o marido está desempregado. Ela explicou que não consegue o remédio gratuitamente na rede pública de saúde.
A epilepsia é uma doença cerebral crônica que provoca crises de convulsão nos pacientes. De acordo com o neurologista Hudson Mesquita, o vídeo-encefalograma detecta com mais precisão em que parte do cérebro está a doença.
O neurologista afirmou que sem o tratamento adequado, as convulsões podem ser um risco à saúde das pessoas que tem epilepsia. “Eles podem ter quedas que podem ocorrer no súbito. Você não consegue determinar o local que o paciente vai ter a crise. Pode ser na escada, dentro d’água, dirigindo, atravessando a rua. Isso vai causar um risco ao paciente”, disse Mesquita.
fonte : g1.globo.com
http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2011/10/faltam-remedios-e-exames-para-portadores-de-epilepsia-no-df.html

Paralisação do SUS busca mobilização nacional da categoria

O presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes, diz que a paralisação dos médicos que prestam atendimento pelo SUS nesta terça-feira (25) é apenas uma das ações dentro de uma “mobilização nacional” da categoria para que a população perceba os problemas do sistema de saúde público do país.
Segundo ele, todos os atendimentos de emergência e urgência serão realizados.
“Quem chegar na urgência ou emergência, independente das circunstâncias, será atendido. Faça chuva ou sol, em tempo de tempestade ou aridez, a população vai ser atendida. É uma obrigação que o médico tem com a população, um princípio ético do médico e uma imposição dos conselhos de medicina”, afirmou Carvalhaes em entrevista ao G1.
Nesta terça-feira, a paralisação atinge cerca de 20 estados. Nos demais, haverá manifestações. “O movimento de paralisação começou hoje às 7h, é cedo para termos um balanço. Mas já recebi notícias de médicos da Paraíba, Minas Gerais e São Paulo sobre a mobilização. Nosso objetivo é debater plenamente o problema”, diz.
Os estados que aderiram são: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.
Em outros dois estados a paralisação será pontual: em Santa Catarina, deve ocorrer durante a tarde e durar cerca de uma hora; em São Paulo, deverá ocorrer apenas em algumas unidades, diz a Fenam. Nos outros estados e no Distrito Federal foram programadas manifestações públicas em protesto contra a precariedade da rede pública.
Em Mato Grosso, a Fenam divulgou que haverá paralisação, mas as entidades que representam a categoria no estado negaram a informação.
Os médicos pedem um piso salarial de R$ 9.188,22 para uma jornada de 20 horas semanais de trabalho, além de melhores nos recursos humanos e materiais nos hospitais e postos de saúde.
Sobre o fato de Paraná e Mato Grosso do Sul não terem aderido à paralisação, Carvalhaes informou que a decisão sobre a forma de integrar a mobilização foi tomada separadamente pelos médicos de cada estado e que, em ambos, a categoria está unida e optou por fazer manifestações em locais fechados.

fonte: g1.com
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/10/medicos-do-sus-vao-parar-em-22-estados-nesta-terca-diz-federacao.html

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Reportagem tirada da Revista Veja de 26/08/10


Gestão é o remédio que a saúde precisa

Natália Cuminale
Criado em 1988, o Sistema Único de Saúde tinha um objetivo claro: universalizar o atendimento aos brasileiros, que, em troca, pagam altos impostos. Como é de conhecimento público, não foi isso o que aconteceu. Passados 22 anos, usuários enfrentam filas e esperam meses e até anos para conseguir realizar uma cirurgia eletiva - os procedimentos não emergenciais. Seria ainda pior se parte da população - 26,3% - não tivesse abandonado o SUS, pagando um valor extra por planos privados de saúde.
Especialistas são unânimes quanto ao remédio que poderia curar o SUS: mais dinheiro. Nas contas de Ligia Giovanella, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, ligada à Fundação Oswaldo Cruz,o Brasil precisaria ao menos dobrar os recursos destinados ao setor. Mas não é fácil, uma vez que boa parte do Orçamento federal é comprometida com outras despesas. E não é tudo. Além de mais dinheiro, o SUS precisa de mais gestão. "É necessário um reordenamento do destino dos atuais gastos, priorizando o investimento em setores que dinamizem o setor", diz Lígia Bahia, professora de Saúde Pública da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O desejado choque de gestão deveria começar pela própria administração do sistema, defendem especialistas. "Os gestores do SUS são, em sua maioria, indicados por motivos políticos, mas a saúde é uma área que requer conhecimento técnico amplo em todas as etapas: planejamento, execução e avaliação dos resultados", diz Newton Lemos, consultor em Serviços de Saúde da Organização Mundial da Saúde. "Não é uma coisa que qualquer profissional – que não de carreira – pode fazer".
Outro alvo de mudanças seria o programa Saúde da Família, que fornece atendimento básico à população previamente inscrita. Atualmente, apenas 50% das famílias brasileiras fazem parte do programa - o ideal seriam 80%. Atender mais gente demandaria mais médicos, estrutura e, portanto, recursos? Óbvio. Contudo, nas contas dos especialistas, o investimento seria compensado pela economia advinda dos frutos do atendimento preventivo. Por exemplo: ao invés de um cidadão procurar um hospital quando já se encontra doente, o que demanda um tratamento caro, ele receberia cuidados permanentes e prévios.
"Estender o acesso ao médico da família é uma estratégia importante", afirma Gastão Wagner de Souza, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e ex-secretário executivo do Ministério da Saúde. "Cidadãos inscritos nesse programa recebem atendimento clínico, o que diminui a busca desnecessária por especialistas e a realização de exames. Você gasta menos, com resultados melhores".
Por fim, nunca é demais lembrar: em matéria de dinheiro público, é preciso endurecer a fiscalização dos gastos. "Precisamos fortalecer os conselhos de saúde, que exercem tal controle", completa Maria Fátima de Souza, coordenadora do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da Universidade de Brasília (UnB).
Curar o SUS deverá ser uma tarefa cada vez mais importante nos próximos anos. Isso porque é provável que parte da classe média, que atualmente, conta com planos privados, migre para o sistema público. Segundo projeção realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e pelo Procon, se mantidos os atuais níveis de reajustes de mensalidades nos próximos 30 anos, as tarifas deverão subir mais de 120% acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). É verdade que a maior parte dos planos são custeados parcialmente pelas empresas. Contudo, é provável que aumentos como os estimados pelo Idec/Procon não sejam assimiláveis nem mesmo pelas companhias.
Há algumas altenativas ao sistema, menos uma: a criação de mais impostos para alimentar a saúde - a exemplo do que ocorreu no passado com a CPMF. "No curto prazo, os políticos que só pensam em seu mandato encontram resultados com a medida. Mas, no médio e longo prazos, é preciso lembrar que novos tributos diminuem o crescimento econômico", explica Marcos Bosi Ferraz, diretor do Centro Paulista de Economia da Saúde, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).


Umas imagens básicas sobre nossa saúde pública.