quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ser Médico: uma perspectiva histórica.

A atividade do médico é antiga. Desde os primórdios de nossa sociabilidade,
desde quando os homens se organizaram em sociedades e culturas, sempre houve
alguém especializado em cuidar dos sofredores. As noções de sofrimento e de cuidado
são diferentes nas diversas culturas e épocas, mas sempre se manteve a prática de que
a pessoa acometida deve ser cuidada por uma outra, e não por si própria. Desde há
muito tempo, igualmente, pensou-se esse cuidado como uma atividade especializada,
que requer conhecimentos não acessíveis a todos.

Na Antigüidade (por exemplo, entre egípcios e sumérios), há medicinas
empíricas de boa qualidade, descrições do corpo humano, de epidemias, receitas e
remédios elaborados a partir da observação da natureza. N ão há, no entanto, um
corpo de idéias sistemático, e essas medicinas conviveram com receitas mágicas, para
conjurar demônios e afastar maus espíritos. Só o florescimento da cultura grega, do
século VII a.C. em diante, originou uma sistematização da concepção de mundo natural,
em que a doença e a morte perderam seu caráter de mal e castigo divino para serem
inseridas na ordem geral do cosmos.

Fonte: Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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