quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Apresentação

Mulher morre à espera de vaga em UTI por falha em sistema do GDF

      Pane nos computadores da Secretaria de Saúde deixa pacientes sem remédios e sem UTI nos hospitais da rede pública do Distrito Federal. Na madrugada desta quarta-feira (2) uma mulher, de 79 anos, morreu por falta de atendimento.
   A paciente precisava de uma vaga na UTI após sofrer acidente vascular cerebral (AVC). Mas os familiares da mulher foram informados no Hospital de Base que não seria possível incluir o nome dela na fila de espera da Central de Regulação, que autoriza as internações.
    “Eles informaram que não tem sistema no Hospital de Base, então, eles não conseguem entrar no sistema.  
       E já tem alguns dias que o sistema está fora do ar”, disse Marina Martins, filha da paciente.
       Marina recorreu à Defensoria Pública para tentar a internação da sua mãe. Ela obteve uma liminar da Justiça para garantir a vaga na UTI. Mas nem assim conseguiu a internação. E a paciente acabou morrendo na emergência do hospital.
       O governo do Distrito Federal confirmou que uma queda de energia na última segunda-feira (31) atingiu o datacenter da Secretaria de Saúde. Por isso, foi preciso ligar um sistema alternativo que acabou ficando sem bateria antes que os dados fossem transmitidos para os computadores do sistema integrado de saúde.
       A pane afetou também, segunda a Secretaria de Saúde, os sistemas da Farmácia de Alto e de Regulação. A secretaria informou que trabalha para solucionar o problema o mais rápido possível.



fonte:   http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2011/11/mulher-morre-espera-de-vaga-em-uti-por-falha-em-sistema-do-gdf.html

Historia Recente do Brasil - Saúde Pública.

Continuação do vídeo no seguinte link
http://www.youtube.com/watch?v=HzZIp7SwXWc&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=ApxY5VMBRSI&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=j-kdbcB33Zw&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=Ran7aU7o6ok&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=t7zDHAjh8UM&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=Un2yZuAoR6E&feature=related.

A novela da fila na farmácia de alto custo continua.

Vaga Zero: desrespeito com a vida dos pacientes



As instituições hospitalares possuem uma determinada capacidade operacional instalada nos serviços de urgência e emergência, constituída por estrutura física, equipamentos e equipes de saúde.
Esta estrutura suporta um determinado número de atendimentos, capaz de prestar uma assistência eficaz e de qualidade, seguindo os critérios científicos da medicina.
Quando esta capacidade operacional é superada pelo alto número de pacientes, causando a superlotação, ocorre naturalmente uma queda da eficácia e qualidade do atendimento prestado, o que pode provocar danos irreparáveis ao paciente, e até mesmo a sua morte.
A Portaria 2.048 do Ministério da Saúde permite ao médico regulador do SAMU, responsável pela transferência dos pacientes ao hospital, mesmo diante da falta de vagas, forçar o hospital a receber pacientes, utilizando o conceito de ' vaga zero' .
Assim, o paciente, que tem o direito constitucional de receber um atendimento hospitalar digno, em condições humanas e com todas as qualificações médicas existentes, fica em corredores, macas e cadeiras, até mesmo de pé ou sentado no chão. Um quadro desumano que a mídia mostra seguidamente, mas que parece longe de sensibilizar aqueles que detêm o poder de alterar essa situação.
A ' vaga zero' é uma medida drástica, que os gestores públicos responsáveis pela assistência médica empregam para transferir a sua responsabilidade aos hospitais e médicos, não se importando com a vida e a saúde dos pacientes.
Os médicos, que aceitam passivamente prestar o atendimento nas nossas urgências e emergências superlotadas, além da sobrecarga e das péssimas condições de trabalho, podem ainda ser responsabilizados ética, civil e criminalmente, enquanto os responsáveis pelo caos da saúde saem ilesos e sem preocupações com a Lei.
A situação provocada pela ' vaga zero' afronta os princípios da dignidade humana, art. 1º e 3º, e viola os direitos fundamentais à vida e saúde, art. 5º e 6º, da Constituição da República Federativa brasileira.
Nas leis que regem o trabalho médico através do Código de Ética brasileiro, o médico, ao manter seu trabalho em serviços com superlotação, também fere as disposições contidas no cap. 1º, incisos I, II, III e VIII, e cap. 2º, incisos III e IV, e artigos 1º e 32.
Quando o médico constatar que a capacidade funcional foi excedida, deve comunicar e repassar o problema ao diretor técnico da instituição, Cremers, gestor público e Ministério Público, eximindo-se das responsabilidades ética, civil e criminal. O médico regulador do SAMU não deve utilizar o conceito de ' vaga zero' quando comunicado pelo hospital, diretor técnico ou pelo médico de que não há disponibilidade de leito, devendo transferir o problema aos gestores públicos e ao Ministério Público Estadual, sob pena de ser responsabilizado por infração ética, civil e criminal.
Aos gestores públicos cabe solucionar o problema de vagas dos hospitais públicos, seja por ações específicas da organização do sistema ou pela simples compra de leitos hospitalares disponíveis em outras instituições.


fonte: artigo CREMERS
http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/21845/artigo/vaga-zero-desrespeito-com-a-vida-dos-pacientes

Ser Médico: uma perspectiva histórica.

A atividade do médico é antiga. Desde os primórdios de nossa sociabilidade,
desde quando os homens se organizaram em sociedades e culturas, sempre houve
alguém especializado em cuidar dos sofredores. As noções de sofrimento e de cuidado
são diferentes nas diversas culturas e épocas, mas sempre se manteve a prática de que
a pessoa acometida deve ser cuidada por uma outra, e não por si própria. Desde há
muito tempo, igualmente, pensou-se esse cuidado como uma atividade especializada,
que requer conhecimentos não acessíveis a todos.

Na Antigüidade (por exemplo, entre egípcios e sumérios), há medicinas
empíricas de boa qualidade, descrições do corpo humano, de epidemias, receitas e
remédios elaborados a partir da observação da natureza. N ão há, no entanto, um
corpo de idéias sistemático, e essas medicinas conviveram com receitas mágicas, para
conjurar demônios e afastar maus espíritos. Só o florescimento da cultura grega, do
século VII a.C. em diante, originou uma sistematização da concepção de mundo natural,
em que a doença e a morte perderam seu caráter de mal e castigo divino para serem
inseridas na ordem geral do cosmos.

Fonte: Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Integrantes do blog Bruna Cristyen, Andressa Lopes, Larissa de Sousa, Kélvia Holanda, Fernanda Martins, Fernanda Tavares e Tamares Santos.

 

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